quinta-feira, novembro 02, 2006

Carta a um velho amigo russo

São Paulo, 02 de Novembro de 2006

Meu velho amigo, lhe escrevo esta carta para dizer coisas que não conseguiria lhe contar ao vivo, e, ainda, coisas que eu gostaria que você soubesse.

Primeiro, que fico muito feliz que você tenha vindo da Rússia para ficar. Tenho consciência de que a situação na qual você deixou seu país não foi a que você gostaria, mas você soube aproveitar o limão que a vida lhe ofereceu (e adicionar um pouco de açucar) para fazer algo melhor, e fez. Sou contente com a sua presença no Brasil.

Segundo, que você me ajudou muito, meu querido amigo. Saiba que, sem você, estes amargos anos de faculdade teriam sido difíceis de suportar. Você deu um novo sabor à vida, com sua simplicidade, com sua suavidade. Sempre presente, sempre disposto a fazer sua parte. Lembro de alguns bons momentos com você e outros amigos, antes de alguma balada, ou também durante ela.

Mas, não somente eu. Sei que você esteve presente para muitas pessoas, mostrando o seu caráter altruísta e até mesmo universal. Você foi querido na Rússia, e agora é querido por muitos e por todos os lugares. Realmente, teria sido egoísmo seu ficar em sua terra natal. Você fez muitos darem risadas e se divertirem, ajudou muitos outros a desabafarem, até mesmo conseguiu que eles esquecessem muitas coisas desconfortáveis de se lembrar. Você faz do mundo um lugar melhor.

Espero sempre continuar a encontrá-lo por festas das quais eu participe, mesmo aquelas após os meus anos de faculdade. E, espero continuar a encontrá-lo também pelos mais diversos lugares, como sempre nos encontramos: em um supermercado, na padaria, ou mesmo em alguma loja de conveniência. Muito conveniente, muito por acaso, talvez fosse apenas o destino.

Abraços, meu querido Smirnov

p.s. - Fiquei sabendo que você fará uma ponta em mais um filme do James Bond. Parabéns! Você merece.

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