segunda-feira, novembro 20, 2006

Carlos e Ana

O amor havia tirado a razão de ambos, e eles fugiram para a Europa. Uma paixão que os possuiu e fez com que pegassem o primeiro vôo para a Espanha. Nem mesmo conheciam alguém daquele país, mas isso não importava: estariam juntos. E, aproveitaram sua passagem, que foi por muitos países. Viram muitas coisas, se divertiram intensamente, e terminaram se cansando na Alemanha – e, sim, fizeram suas famílias viajarem até lá para a cerimônia. Ao final de tudo, então, passaram a morar em Paris, sempre em um romance de dias e noites incontáveis, até o último deles.

VERSÃO 2: Descobriram que trabalhavam no mesmo prédio: aquele enorme edifício de escritórios e consultórios, naquela movimentada avenida. Riram muito quando descobriram, por sinal. Após alguns meses de namoro, casaram: apenas tinha que ser, desde o começo. Mudaram-se para a cidade natal de Carlos, onde Ana conheceu tudo da infância dele através da avó que havia anos Carlos não visitava. A família de Carlos adorou Ana, a família de Ana adorou Carlos, e os dois tiveram uma família só deles, que também os fez muito felizes, como eles se faziam.

A Carlos ocorreram as duas versões, enquanto ele observava a jovem sentada do lado oposto de onde estava naquele trem do metrô. Tão linda que lhe tomou o fôlego, e simplesmente havia algo de certo nela, e no modo como ela lia aquele livro: “Memórias de um Sargento de Milícias”, o seu favorito. Houve, subitamente, no interior do trem, o aviso da chegada à estação. A jovem fechou seu livro e se postou na porta ao lado de onde Carlos sentara, aguardando a abertura da mesma. Ajustou seus óculos.

Carlos esticou seu braço para chamá-la. Ela o olhou de relance. Carlos fingiu uma tosse, e usou sua mão para segurar a barra a seu lado. A porta se abriu, e ela deixou o trem. Carlos a observou se afastando através das demais pessoas que iam e vinham pela estação. Seria seu nome realmente Ana?

Um comentário:

Anônimo disse...

Hum...pode parecer coisa de menina boba, que assite muita novela, filmes românticos, que acredita em destino e blá blá blá...mas eu ainda acredito que se ela for a Ana da vida dele, ele encontra ela de novo...ah encontra...rs