terça-feira, novembro 14, 2006

Oculus Leonem


Caminham em sombras de copas de árvores
A Dama Selva nunca protege os seus filhos
Mas, os mata e devora, e deixa que devorem,
Pois, vive também do sangue jogado à terra


Um desses filhos impera por entre folhas:
Senhor de todas as vítimas,
Entidade de morte, temida,
Caçador, causador de agonia,
Escute seu grito ecoar e anunciar seu poder!
“Ruge, o leão!”, “A ruína de todos!”





O leão observa, e acompanha
Fareja, sente maior sua fome,
Almeja: as vidas daqueles ali
Deseja: tomá-las em breve, e
Ele irá, sim, tomá-las em breve
Senhor de todas as vítimas, e novas à coleção


Não há o que a ele resista
Dilacera, esquarteja, extermina
E os esconde na toca ali perto.
Seu pequeno castelo de ossos,
Seu pequeno mural de espólios
Seu pequeno tributo aos mortos


O orvalho da relva ofusca
E faz esquecer do sangue
Que há já não tanto tempo
Encobria o verde de vida
E que vai novamente encobrir, em breve...
(Acorda o leão...)

2 comentários:

Anônimo disse...

Achei legal, não deu tempo de ler tudo, mas o pouco que vi gostei. beijão.

Anônimo disse...

É de se admirar, em poucos dias você escreve textos diversos, de assuntos bem diferentes e consegue organizar isso perfeitamente, sem seguir um padrão estipulado...deve ser uma loucura essa cabeça aí hein?rs.