sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Amorto

Então, que dor há no Amor, senão amar?

A dor da parte que se parte pelo esforço,

O sofrimento do carinho a não voltar.

Como podemos resistir a tal desgosto?


Ah, como se busca essa felicidade, se

Lutamos também contra nós mesmos,

Por não a acreditar ser tão verdade?


Não posso vencer a mim mesmo,

Poderia tão só ser vencido, mas

Percebo, entre todo o vivido,

Que isso não me ocorrerá...


Neste em vão não seremos felizes, não.

Juntarei só mais tais cicatrizes, então

Eu, assim, não farei o que dizes,

Pois você não sabe do que fala.

Pois você não andou esta estrada,

Você não carregou estas cargas,

Você sempre evitou as batalhas,

Então, agora, se cala, e escuta:


Do que vemos de Norte ao Sul,

Ou por onde nos brilha o sol,

Essa luz que nos trata com dia:

Se eu lhe desse uma coisa, seria,

A mim mesmo, com todo o amor.

Mas, só nunca seria o bastante.

Não, nunca seria o bastante.

Esta sempre será minha dor.

4 comentários:

Fala, Garoto! disse...

Amor, amor...não sabemos de onde vem, nem para onde vai....só sabemos que queremos ir com ele.....Legal o seu blog, faz pensar! Abs

Anônimo disse...

Nossa Bonito...
Esse foi bem PROFUNDO!!
Mais uma vez tenho que dizer que estou mtooooo feliz por ter voltado a escrever!
Feliz ao "quadrado"... entendeu, né?! ;)
Biribeijos

Bianca Feijó disse...

amor, esta quase se tornando um erro tão vulgar que persegue a todos...afinal, quem é responsável senão nós mesmos?!

Beijos!

Insigne disse...

o amor.
quem inventou o amor deve ser o mesmo inventor do trabalho: não tinha nada para fazer!