terça-feira, fevereiro 12, 2008

Tempestade – Parte 3/5

Que diabos! O que ocorre?! Tum, Tum, Tum, Tum!, batia ele na porta:

- Abra isso, já! O que você acha que está fazendo?

Mas, não parecia haver alguém do outro lado. Andava de lado a outro, pelo quarto, afoito, assustado. “Você vai ficar bem. Você vai ficar bem, ouviu?”, escutava-se pensando. Seu coração batia muito rapidamente, e mal conseguia respirar.

Lembrou-se: O celular! Correu até a cama. Não funcionava. Arremessou o aparelho pela janela, estilhaçando o vidro. Tutirrrrsssshhhhh

Correu em direção à porta, e se chocou contra ela – Trum! - E caiu para trás, com muita dor em seus ombros, e um pouco ainda por todo o restante. A porta, inabalável. Não conseguiria sair dali à força. Desespero, precisava sair dali.

A janela. Sim, a janela. Foi até ela, e a abriu. A chuva ainda caía lá fora, o chão estava distante, e, embora molhado e liso, o telhado se entendia um pouco além da janela, o que lhe permitia andar por ele. Arriscado, mas era a única opção. Com esforço, abriu a pesada janela, empurrando-a para cima: Trum!

Escalou para fora. Chuva! Não enxergava direito. Chuva e vento. Seus olhos mal ficavam abertos. Olhou novamente para dentro: a porta se abria, e o dono da casa entrava no quarto com uma faca em mãos. Uma enorme faca.

Correu, aos tropeços e escorregões, pelo telhado da casa. Algumas telhas saíam de lugar. Corria, e gritava, nenhuma palavra específica, nenhuma intenção em mente. Caiu:

(Trum!), ao lado de uma janela, e olhou para trás, para ver que o homem estava em seu encalço, também no telhado, faca em mãos.

Desesperado, saltou através da janela, retornando ao interior da casa. Prrressshhh... Dum, Tum... Mal caiu, e já estava se erguendo em corrida. Para sua sorte, a porta daquele quarto específico, ainda no segundo andar, estava aberta.

Um corredor. Onde estava? Apenas correu, e, molhado como estava, escorregava a cada passo. Assustado como estava, não fazia sentido, não pensava. Apenas, trombava pelas paredes. Fugia. E, uma faca vinha em sua busca.

(...)

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