quinta-feira, julho 12, 2007

De corpo (e alma)

Algumas coisas importam, qualquer seja seu motivo, quer os demais entendam ou não. Tomamos cuidado com essas coisas, e é certo mesmo que façamos isso. A virgindade é uma dessas coisas, e por isso sempre será um tabu. Quem sabe as pessoas que não perderam sua virgindade da maneira que teriam idealizado se sentem na necessidade de desejar o mesmo para os demais. Mas...

Devemos beijar sem nenhum amor? Abraçar sem nenhum carinho? Devemos dançar sem nenhuma música? Para agradar a quem, senão a nós mesmos? Para viver a verdade de quem, senão a nossa? Uma tirania emocional de uma sociedade que quer ditar mais do que simples costumes, mas valores. Não precisamos aceitar nenhum dito, senão o nosso, porque é nossa a única aprovação de que precisamos.

Que cada pessoa que quer se guardar para alguém especial, para um dia especial, porque considera essa troca de carinho muito significativa, tenha a liberdade para escolher, sem pressão, e sem sofrer preconceito por qualquer motivo. A perda da virgindade, como tantas outras, é uma escolha pessoal, não coletiva. É apenas uma questão de maturidade que algumas pessoas tenham essa consciência.


Afinal, que a primeira vez de alguém seja de corpo e de alma, ou que não seja nenhum dos dois.

Nenhum comentário: