sexta-feira, abril 04, 2008

Prestígio (Uma continuação ainda mais saborosa)

Antes de prosseguir, certifique-se de que leu a primeira parte:


Sonho de Valsa



(Continuando...)


Idiota! Idiota! – pensava, e dirigia perigosamente por aquela estrada vazia

Chokito, ao seu lado, às vezes latia, como se pudesse entender a situação, como se tivesse algo a dizer. Nada precisava ser dito. McCain sabia que havia sido inocente em achar que ele poderia roubar, dentre todos os objetos daquele dia, o Diamante Negro. Havia sido inocente em achar que poderia simplesmente sair em construir uma vida com Liza.

Mas, sua inocência acabara, agora. A mulher de sua vida havia sido seqüestrada, e, dentro todas as possibilidades, havia de ser por eles: os Seven Boys

(Seven Boys, como informalmente se chamava o grupo dos sete grandes líderes do terrorismo internacional)

Tinha que salvá-la, mas sabia ser uma cilada, e não estava pronto para aquilo. Sabia que precisava de ajuda, que precisava de preparação. Sabia, também, para onde ir, com quem contar. Seguia para lá.

Uma velha casa no campo, um homem solitário mora ali, cansado de seus dias de guerra fria no Japão, o melhor.

McCain parou seu carro. Correu sítio adentro, chamando por seu amigo e guru:

- Senhor Miojo! Senhor Miojo! – e Chokito o acompanhava, aos latidos

- Aqui. – assustou-lhe uma voz a seu lado, e também a Chokito

Ele sempre foi sorrateiro, e aparentemente não perdera o toque.

- Eles pegaram a Liza, não? – perguntou o velho oriental

- A informação ainda viaja rapidamente, eu percebo. – disse McCain

- Dê-me 5 minutos, e estarei pronto.

Liza estava sendo mantida em uma pequena cidade no México chamada “Del Valle”. E, o velho guerreiro Miojo, o pilotaria até lá, e o ajudaria no que fosse necessário, desde que conseguissem um avião.

Isso não foi difícil: Ambos ainda tinham seus contatos, de seus dias na força.

O chefe-maior das operações internacionais de contra-terrorismo, um americano chamado P. (de Pullman), estava lá, na pista de decolagem, acompanhado de dois de seus melhores agentes. McCain e Miojo se aproximaram, lentamente:

- Sr. P. – disseram

- Eu sei sobre o Diamante Negro, McCain. – tirou seus óculos escuros – Quando você voltar, nós teremos uma longa conversa sobre o assunto. Por hora, salve a sua garota.

- Sim, senhor. – e ambos se apressaram ao avião

Fritz estava morto se não tivesse a pedra quando voltasse: jamais poderia se encontrar com Pullman, ou qualquer de seus agentes, viveria para sempre em fuga. Mas, essa era a menor de suas preocupações no momento. Examinava o Diamante Negro em suas mãos, a pedra, menor que seu punho fechado, com a qual podia agora comprar a vida da mulher que ama.

Após muito tempo de vôo, pousaram, e desembarcaram. Fritz ordenou que Chokito ficasse no avião: não queria que seu cachorro se ferisse.

Caminharam, em direção aos carros, onde homens os aguardavam.

- Parem, bem onde estão. – disse um desses homens, e eles pararam – O diamante? Jogue-o para mim.

E, McCain fez o que eles pediram. O homem riu, e ordenou:

- Soltem a garota! – continuou rindo, mesmo quando Liza corria, chorando, para os braços de Fritz, e disse – Você achou mesmo que nós queríamos qualquer coisa com você, McCain?

Uma decisão difícil. Se McCain deixasse que os Seven Boys levassem o Diamante Negro, sua vida estaria perdida. Se tentasse combater, sem sequer saber de ameaças afastadas de seu campo de visão, corria o risco de perder Liza. Junto a Miojo, poderia vencer, mas não proteger sua garota.

- Venha, vou levar você para casa. – disse a ela

Os terroristas partiram, levando consigo o Diamante Negro, e a vida de McCain. E, os dois seguiram para o avião, de onde Fritz se despediu de Liza. Não podia voltar.

- Eu sinto muito, por muitas coisas. Se eu pudesse voltar, faria tudo diferente.

- Eu sei. – ela disse, sem conseguir falar muito mais do que aquilo

Ambos choraram todas as lágrimas, e se separaram. O Senhor Miojo, respeitosamente o olhou e cumprimentou antes de partir. Chokito saltou para fora do avião, e insistiu em ficar com o dono.

Quando o avião havia sumido de vista, andaram. Seguiram, até encontrarem um pequeno bar, onde Fritz sentou-se, e Chokito a seu lado, para beber alguma coisa.

Tomou sua bebida devagar, devagar, devagarinho (Era um Martini da Vila)


O FIM

2 comentários:

Anônimo disse...

Bonito,
Adorei! Estava anciosa esperando para ver a continuação... E, valeu muito a pena, esta espera! :)
SENSACIONALLL
ENGRAÇADOOOOO
EMPOLGANTEEEE
SURPREENDENTE
;)
Babybeijosss

Carolina Teixeira disse...

Melhor do que o esperado com certeza!!!! Seven BOys hahahaha dá até para ser aquelas boybands!!!