quarta-feira, outubro 18, 2006

Social-Demagogia

Imagino que todos os meus poucos (mas fantásticos – Aê!...rs) leitores tenham consciência de que o Brasil é uma democracia representativa. Isso significa que o poder do Estado é colocado nas mãos de nossos representantes, estes eleitos de forma democrática através do nosso próprio processo eleitoral. Explicação superficial, mas compreensível, certo? Pois bem...

Estamos tendo um grupo (ok, mais uma miríade) de problemas com o governo atual, e bem verdade que a próxima opção não é tão mais satisfatória. Não, não a corrupção (Aliás, nem entremos nesse mérito). Estou falando mais especificamente do estilo de governo que foi definido como Social-Democracia.

A Segunda Internacional (Socialista) composta pelos grandes representantes de partidos sociais democratas, socialistas e trabalhistas, definiu a Social-Democracia como a forma de governo ideal para uma democracia representativa. Isso porque seria a forma ideal para reduzir as brutais diferenças sociais e econômicas geradas principalmente nas economias liberais (com este termo, sozinho, já sabemos exatamente quando esta idéia se consolidou, não?).

E, foi realmente uma idéia válida para ir de encontro às situações de crise, ou de momentos pós-guerra, mas a grande verdade é que ela cria uma condição desfavorável para um país em condições normais de desenvolvimento. Talvez uma metáfora esclareça o porquê: esta postura do Estado é uma muleta – para os necessitados ela dará a sustentação necessária para seguir caminhando até sua recuperação, mas para uma pessoa saudável, ela impedirá um caminhar comum e tornará uma ou as duas pernas mais fracas do que deveriam ser.

Um governo de promessas de novas condições, sustentadas por demagógicos projetos assistencialistas que não servem senão como paliativos. Projetos que ensinam os ajudados a depender do Estado e removem bons investimentos de áreas importantes para o real desenvolvimento social. Projetos que geram um Estado hiper-desenvolvido no comando de uma máquina econômica sempre de alto-risco e menor retorno devido ao pouco investimento. E, uma postura que constrói um povo apolitizado e muito sujeito a populismos e palavras vazias.

Saldo: muito bom para manter o status quo, e algo péssimo para realmente dar oportunidades tanto para o país como para as faixas mais necessitadas da sociedade se desenvolverem e se tornarem parte integrante da nossa “economia globalizada de capitalismo financeiro Pós-Séc. XX”. (Uuuufa...Pelo menos eu escrevi, não li, esta...rs)

Um comentário:

Anônimo disse...

Fábio!

A-D-O-R-E-I teu blog novo...

E esse post totalmente politizado é ótimo! Me lembrou muito as aulas do Cláudio Arantes: Política e atualidade juntas... Parabéns!

Gostaria que todos tivessem a mesma consciência que você tem. Com certeza as coisas seriam mais fácies se as pessoas parassem para entender melhor o contexto político que vivemos.

Um belo exercício de reflexão.

Adorei!

Beijos :)

PS = Espero que você não mate o seu blog dessa vez!