sexta-feira, outubro 20, 2006

Jardim de Flores Partidas

Jardim de Flores Partidas


O verde tornou-se o cinza,
Não resiste mais à ausência do sol.
Morreram esperando a manhã:
Foram flores e tiveram muitas cores belas.

Agora apenas o vento as encontra, em pó,
E estira lamento por campos e vales.
Ar pesado que as leva faz com que todos,
Se levem, também, pelo desespero da paisagem.

Chora, sozinha, a menina triste.
Chora, triste, o menino sozinho.
Choram juntos, mas separados.
Choram e oram por algo melhor.

Nesta terra seca, que cansa os pés que a percorrem.
Percurso longo demais para se fazer sozinho!
“Solidão é a canção do viajante destas partes,
Não se esqueça: não espere salvação ou qualquer sorte”.

(...)

Passos lentos, arrastados
Choro fraco e sofrido
Passos lentos, arrastados

(...)

O pássaro observa o movimento dos aflitos.
Apenas observa, em silêncio e reverência.
É daqueles que gostariam de fugir dali
Mas, não tem mais como voar.
Está cansado, tão cansado.

A primavera desfez-se em inverno.
O sorriso desfez-se no pranto.
Talvez, apenas um sonho...
Triste, mas finito.
(Acta est fabula, plaudite!)

3 comentários:

Camis disse...

Não sabia q vc escrevia poesias.... muito bonito.
O q aconteceu com a sua mão?
Bjos

Anônimo disse...

Ótimos poemas fá! caramba, você está ficando bom nisso mesmo hein?rs.
Pode parecer viagem minha, mas sempre acabo associando a maior parte dos seus textos, inclusive os poemas ao seu livro...rs

Lina Jones disse...

hey, vim visitar seu blog, mt bacana^^ adorei o poema. mt bonito!! parabéns,