quarta-feira, março 05, 2008

Aversões Atípicas


Ultimamente, valores estranhos têm surgido.

Critérios subjetivos de avaliação e julgamento (leia-se antagonismo) direcionados a coisas belas.

Mais do que nunca, é acreditado que a aparência pode servir para depor sobre os valores, sobre as qualidades interiores de qualquer pessoa.

Talvez sob influência do cinema, e suas novidades dos últimos anos nas abordagens e roteiros. As líderes de torcida, os jogadores do time de futebol americano da escola, o bonitão mal-caráter, a bela malvada e/ou burra, entre outros “estereotípicos”.

Talvez em resposta às expectativas que são geradas frente à beleza, que sempre é capaz de derrubar barreiras (também emocionais) gerando pontos frágeis e criando mágoas mais profundas quando ocorrem. Segue-se, como sempre, a generalização.

Mas, no fundo, a bela aparência é tão eventual quanto o caráter: ela pode ser construída, sim, mas nunca será de todos. Não há relação de causa e efeito, ou princípio dominante ou recessivo, nas questões exteriores e interiores. O que poderá ou não ser belo por fora, poderá ou não ser belo por dentro.


Reflexão para o dia: essa exclusão e preconceito serão dados também em resposta. Criam-se “castas”, e agravam-se as situações de todos, com mais segregações. Os danos, é claro, sempre prosseguem.

10 comentários:

Anônimo disse...

Beautiful photo. I wish you'd write in English too :(

Rackel disse...

Acho muito dificil não olhar pra uma pessoa e começar a pensar no q ela -supostamente- faz da vida, como se relaciona com o mundo, etc... pena q mta gente não vai além do proprio pensamento, nao é mesmo?!

Conhecer o dono do tal 'estereotipo' e descobrir q vc estava certo ou errado é sempre tão legal!!!

=)

bj, moço

Bianca Feijó disse...

Hoje a mídia é que faz grande parte das pessoas...e isso para mim, entra até os livros, pois vejo que os mais vendidos não são os melhores, e sim os mais convenientes,é a tal manipulação que as pessoas não percebem...

E, de fato, difilmente os cinemas conseguem abordar que um relacionamento mágico vai além de seus patéticos personagens, os personagens não vem com problemas reais e tudo é fácil porque no final tem que dar certo.
E de fato, esse casamento de belo por fora,belo por dentro são para poucos ;)

Beijão

Patty Marie Jones disse...

Oi, Fabito!!!

Vc falou em cinema que desconstrói valores, mas será que isso não é só um espelho da realidade? pq em todo filme que tem uma menina malvada e popular existe a coitadinha que também é bonita e no final vai ser mto mais que a primeira (no fundo, tudo história de contos de fadas).

Outra vi num grupo de discussão a seguinte pergunta: "gente feia arruma emprego?". Também era comum até há algum tempo atrizes com bela atuação serem taxadas no início da carreira de "só mais um rostinho bonito".

O preconceito existe dos dois lados, tanto para os feios, quanto para os bonitos (se é que existem realmente essa definição. Mesmo entre as Jones é muito difícil chegar a um consenso sobre o que ou quem é belo).

Beleza é, a rigor, aparência. Não tem profundidado, e por isso nunca dura muito. "é possível enganar muitos mas só por pouco tempo"... tinha um ditado parecido, não? rs

A questão é que, por mais bonita que uma pessoa seja, um dia a máscara cai e é possível ver a real personalidade e competência. O problema é o tempo que a gente espera até isso acontecer rs.

bjinhs

Carol Moraes disse...

hum.. isso me faz lembrar de uma pessoa que eu nao ia com a cara e acabou virando um amigão... hahahaha... acho que sou vítima dessa mudança cultural. Mas é difícil não julgar, ainda que seja um pouquinho.

Anônimo disse...

I'm definitely curious, but if I had to guess, does it deal with segregation or prejudice?

Thanks for visiting! I wish I spoke your language so that I can enjoy your posts.

Anônimo disse...

Brilliant! I like such topics which deal with urgent issues. Can you translate it so that I can read it thoroughly?

Anônimo disse...

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Henrique Monteiro disse...

Julgar um livro pela capa, ou não?
Em uma dessas vezes você lê uma boa história, mas em outra...

Fala, Garoto! disse...

Hj é em dia o essencial é "ter" e não "ser". Ter beleza, dinheiro, status, fama, poder e por aí afora. O ser humano se tornou escravo do consumismo/capitalismo e outros "ismos". O resultado é esse! Abs